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BH EM TARDE QUENTE E PÂNICO

Mais um incêndio em edificação verticalizada com várias pessoas intoxicadas pela fumaça. A mesma novela dos órgãos públicos (até aqui nenhuma novidade – já relatado em vários outros eventos similares), sendo que a Defesa Civil afirma que realizará vistoria (sempre reativo e nunca preventivo).
A edificação não possuía Auto de Vistoria, nenhuma novidade também.
O alarmante é que várias pessoas foram internadas por terem inalado gases da fumaça deste incêndio. Uma edificação com esta altura (com incêndio tendo iniciado no 20º pavimento) e, em pleno século 21, as pessoas serem agredidas pela fumaça é porque esta edificação deve ser uma catástrofe em termos de segurança contra incêndio.

Algumas possibilidades se abrem:
1- as rotas de fuga não eram protegidas e a fumaça se propagou por escadas abertas (podendo ser até escadas de segurança com portas corta-fogo abertas);
2-o efeito vento pode ter empurrado a fumaça para o interior da edificação com maior velocidade, atingindo área muito maior que a área do sinistro propriamente dita;
3- a fumaça se propagou pelos shafts verticais e espaços de entreforro e caixa dos elevadores;
4- os forros do teto não eram certificados e permitiu a rápida propagação do incêndio horizontalmente.
As imagens externas da edificação mostram também, um edifício sem compartimentação vertical externa.

Declarações do proprietário do escritório de contabilidade dão conta de que o incêndio iniciou-se no aparelho de ar condicionado.

Cabe reforçar que o mais provável é a falta de manutenção nos aparelhos de ar condicionado, os quais estão do lado externo (na fachada da edificação). Outra hipótese pode ser a falha nas instalações elétricas que o alimenta, da mesma forma que o ocorrido no Ninho do Urubu do Clube do Flamengo.

A conferir declarações durante a próxima semana a respeito do ocorrido.

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5 comments

    • Carlos Cotta 19 junho, 2019 at 20:14 Responder

      Caro Juliano, agradeço seu comentário. Pode ser que o princípio de incêndio tenha ocorrido no aparelho de ar condicionado. Mas o provável são dois problemas recorrentes: falta de manutenção nestes aparelhos de ar condicionado, os quais ficam anos no intemperismo, o que demandaria frequência maior de manutenção OU a falha nos sistemas elétricos que alimentam tais aparelhos. Devemos lembrar que a falha catastrófica que resultou em 10 mortes no Ninho do Urubu (Clube do Flamengo), foi devido a instalações inadequadas dos sistemas elétricos que alimentavam estes aparelhos. Outro exemplo mundial foi o incêndio no Joelma/SP em 1974, cuja causa foi curto-circuito no circuito elétrico que alimentada o aparelho de ar condicionado que ficava do lado externo.

  1. Júlia 19 junho, 2019 at 20:12 Responder

    Triste notícia, tenho visto muitas notícias aqui em São Paulo e no Brasil todo sobre incêndios semelhantes a esse. Estou indignada!!! ????
    Entendo que cabe responsabilização civil e criminal por parte de quem deveria manter tudo funcionando adequadamente.

    • Carlos Cotta 19 junho, 2019 at 20:21 Responder

      Boa noite cara Júlia

      Certamente, compactuo com sua preocupação e indignação. As legislações de segurança contra incêndio de todos os Estados da federação estabelecem que o proprietário e/ou responsável pelo uso são os responsáveis, além dos técnicos (engenheiros e/ou arquitetos) que realizaram as instalações, comprovados através da Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica.
      Devo ressaltar que, infelizmente, os órgãos públicos, constantemente adotam a postura da “cegueira deliberada”, deixando de fiscalizar tais edificações, como parece ser o caso.
      Grato pelos comentários e continue a acompanhar nossas postagens !

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